
MATIPÓ (MG) – A cidade de Matipó sofre desde a última quinta-feira com enchentes dos rios e córregos que passam pelo município. O chefe do Executivo municipal, Valter Mageste De Ornelas, decretou estado de emergência mas afirma não ter recebido auxílio financeiro do estado.
A Matriz de São João Batista, cartão postal da cidade, foi tomada pela água. Ela havia sido recém restaurada. “A igreja estava linda, bonita, maravilhosa. Agora é tentar recuperar, buscar recursos e inovar”, disse Valter. A enchente que entrou na igreja deixou os bancos espalhados, sujou de lama as novas pinturas e cobriu os bancos da praça no entorno.
Segundo ele, o nível da água ficou durante 48 horas sem parar de subir, assustando moradores que passaram duas noites em claro. A água levou pontes, passarelas e arrancou asfalto. “Vamos passar por uma catastrófica recuperação”.
MORTE
Um deslizamento na zona rural de Padre Fialho, tirou a vida de uma jovem de 18 anos. Vanessa era moradora do Córrego da Laje. Segundo informações, uma rocha e o barranco deslizaram e atingiram a residência dela.
Segundo o Valter Mageste, o volume de água atingiu níveis muito altos. “Teve momentos na madrugada passada que eu pensei que fosse morrer muitas pessoas. Todo mundo subindo no segundo andar. Gente tirando outras pelas mãos, carregando nas costas, com barcos e corda”, relatou o prefeito.
O comércio da cidade foi todo devastado pela chuva. A prefeitura avalia que aproximadamente 280 famílias ficaram desalojadas. Isto equivale a cerca de 600 pessoas que estão alojadas em escolas de Matipó. Segundo dados da prefeitura, o volume de chuva entre quinta e sábado foi de 250 milímetros.
Déborah Lima / Portal Uai
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