Google diz ter removido 99 milhões de anúncios irregulares relacionados à Covid-19 em 2020.

O Google divulgou nesta quarta-feira (17) o seu relatório sobre remoção de publicidade em 2020, que mostra quantas campanhas e sites foram removidos ou bloqueados em sua plataforma de anúncios.

Com a pandemia, a companhia disse ter retirado 99 milhões de anúncios irregulares relacionados à Covid-19 no ano passado por terem tentado inflacionar preços de produtos como álcool em gel e máscaras ou por prometerem curas milagrosas.

Os dados são globais e o Google não detalha qual porcentagem do total de publicidade sobre Covid-19 esse número representa.

Segundo a companhia, “o número total de anúncios varia muito a cada minuto, com base em uma variedade de fatores que vão além das violações de política”.

O mercado de publicidade digital é a principal fonte de receitas do Google – o negócio gerou US$ 46,2 bilhões somente no 4º trimestre de 2020, o que representa 82% de seu faturamento.

Esse é o 10º relatório sobre remoção de anúncios da empresa, mas o primeiro que mostra as categorias de remoção.

Segundo a companhia, foram bloqueados 3,1 bilhões de anúncios no total. Desses, a maioria estava relacionada com “abuso da rede de anúncios”, quando um banner pode levar a pessoa para um site que contém vírus ou que mostra conteúdos diferentes para usuários diferentes no mesmo site.

 

 

Gráfico mostra anúncios bloqueados pelo Google em sua plataforma de publicidade. — Foto: Rafael Miotto/Alessandro Feitosa Jr/G1

O Google também divulgou dados sobre o número de sites que foram proibidos de veicular publicidade de suas plataformas. Foram 1,6 bilhão de domínios, a maioria por publicar conteúdo sexual (981 milhões) ou conteúdo perigoso ou depreciativo (168 milhões).

 

 

Gráfico mostra sites bloqueados pelo Google em sua plataforma de anúncios. — Foto: Rafael Miotto/Alessandro Feitosa Jr/G1

Segundo a empresa, sites que publicam desinformação e utilizam a sua plataforma de anúncios para ganhar dinheiro com esse conteúdo geralmente se enquadram entre os sites com material “perigoso ou depreciativo” ou “conteúdo enganoso”.

Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado em agosto passado, mostrou que a maioria dos sites que propagam informações falsas é financiada pela plataforma de anúncios Google Ads.

Na ocasião, o Google afirmou que “tem políticas rígidas para impedir que páginas com conteúdos prejudiciais, perigosos ou fraudulentos gerem receita por meio da plataforma de anúncios Google Ads”.

Poder na publicidade digital

O Google é alvo de 3 processos nos EUA por práticas anticompetitivas. Todos se relacionam em alguma medida com o poder da companhia no mercado de publicidade digital.

Em uma dessas ações, as autoridades dizem que a empresa teria mantido sua posição no mercado de buscas on-line ao abusar de seu poder em outras áreas como o de assistentes de voz, carros conectados e publicidade digital.

O Google nega as acusações e diz que “as pessoas usam o Google porque querem – não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas”.

 

fonte: portal guandu 

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