Empresa vai exibir perguntas após interações em publicações para saber se usuários desejam ver mais posts de um determinado assunto.
O Facebook anunciou na última quinta-feira (22) que fará testes ao redor do mundo para calibrar os algoritmos de recomendação de conteúdo, que definem quais posts as pessoas veem na rede social.
A empresa disse que vai passar a exibir perguntas para os usuários após eles interagirem com alguma publicação.
Serão feitas perguntas como “o quão inspirado você se sentiu?” e se desejam ver mais posts de um determinado assunto.
“Analisaremos as publicações com muitas reações de raiva e perguntaremos às pessoas quais tipos de publicação elas querem ver menos”, exemplificou a rede.
As respostas ganharão mais peso nos ajustes dos algoritmos, segundo um comunicado.
“Nosso algoritmo usa milhares de sinais para classificar suas postagens no feed de notícias”, afirmou Aastha Gupta, diretora de gerenciamento de produtos do Facebook.
“Estamos expandindo nosso trabalho para usar feedback direto de pessoas que usam o Facebook para entender o conteúdo que as pessoas consideram mais valioso. E continuaremos a incorporar essas informações em nosso processo de classificação”.
A mudança ocorre em um momento em que o Facebook e outras plataformas são alvos de críticas pelos algoritmos que determinam o que os usuários veem no topo de seus feeds.
Especialistas dizem que esses sistemas podem ser voltados para destacar conteúdo sensacionalista ou divisivo, com o objetivo de manter os usuários engajados para impulsionar a monetização.
Nos últimos meses, o Facebook minimizou o conteúdo político, que tende a ser mais polarizador, e passou a dar aos usuários mais controle sobre seu conteúdo.
Em março, o Facebook revelou uma mudança para dar aos usuários mais controle sobre seu feed de notícias e até mesmo para desativar completamente o algoritmo do Facebook e visualizar as postagens em ordem cronológica.
O afastamento do Facebook do conteúdo político divisivo ganhou força após a invasão no Capitólio de 6 de janeiro, organizada em parte nas redes sociais.
Após uma análise interna, o Facebook reconheceu que não fez o suficiente para impedir a circulação do movimento #StopTheSteal que levou à violência.
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