O Talibã tem uma interpretação restrita e literal da sharia. O grupo afirma que os direitos das mulheres serão respeitados dentro do código religioso.
Waheedullah Hashimi, no centro, durante entrevista, em 17 de agosto de 2021 — Foto: Reuters
As leis no Afeganistão comandado pelo Talibã devem ser semelhantes às que existiam da outra vez que o grupo extremista esteve no poder, afirmou nesta quinta-feira (19) Waheedullah Hashimi, um dos principais comandantes do Talibã.
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Ele afirmou que não há possibilidade de o país adotar a democracia como sistema para escolher os líderes —o Afeganistão provavelmente será governado por um conselho que vai observar a sharia, a lei islâmica.
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O líder supremo do Talibã, Haibatullah Akhundzada, provavelmente estará no comando desse conselho.
Akhundzada terá um papel semelhante ao de um presidente, afirmou Hashimi.
“Não haverá nada como um sistema democrático porque isso não tem nenhuma base no nosso país, nós não vamos discutir qual será o tipo de sistema político que vamos aplicar no Afeganistão porque isso é claro: a lei é sharia, e é isso”, afirmou Hashimi.
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O Talibã tem uma interpretação restrita e literal da sharia. O grupo afirma que os direitos das mulheres serão respeitados dentro do código religioso. As regras sobre como as mulheres deverão se vestir provavelmente serão decididas por um conselho de acadêmicos do Islamismo.
FMI suspende plano
O Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha um plano de empréstimo para o Afeganistão, mas como o Talibã tomou o poder no país, o dinheiro não será mais emprestado.
O governo dos Estados Unidos pressionou a entidade financeira para suspender o plano.
O Afeganistão ia receber cerca de US$ 460 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) na semana que vem. O dinheiro é parte de um pacote para países que tiveram problemas com a pandemia de coronavírus.
Os EUA são o principal contribuinte do FMI, e, por isso, têm poder de veto de grandes decisões.
Nenhum governo tem uma relação diplomática formal com o novo regime do Afeganistão.
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