Brasileiro confirma o favoritismo e sela o bicampeonato da prova em que também é bicampeão mundial
O atleta paralímpico mais rápido do mundo é brasileiro! Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, Petrúcio Ferreira confirmou o favoritismo, voou na pista do Estádio Olímpico e Paralímpico de Tóquio e sagrou-se bicampeão paralímpico dos 100m da classe T47, para corredores com deficiências nos membros superiores, com direito a recorde paralímpico: 10s53.
O Brasil estará em dose dupla no pódio. Washington Júnior, dono da melhor largada da prova, terminou com o bronze com o tempo de 10s68. A prata ficou com o polonês Michal Derus, com 10s61. O terceiro brasileiro na final, Lucas Lima, terminou em sexto lugar com 11s14.
Esta foi a quarta medalha paralímpica da carreira de Petrúcio. Além dos dois títulos, em Tóquio e na Rio 2016, nos 100m, ele também tem duas pratas conquistadas nos Jogos no Brasil: prata nos 400m T47 e no revezamento 4x100m T42-47.
Petrúcio Ferreira dos Santos é bicampeão dos 100m rasos nas Paralimpíadas — Foto: Carmen Mandato/Getty Images
Pela manhã desta sexta-feira, no horário de Tóquio, Petrúcio havia se classificado com a liderança da bateria classificatória, mas apenas o terceiro melhor tempo geral (10s75). Claramente o brasileiro se poupou e fez apenas o suficiente para garantir a vaga.
O mais veloz das classificatórias foi outro brasileiro, Washington Júnior. Vice-campeão mundial em Dubai em 2019, o carioca cravou 10s64, melhor tempo dele nesta temporada até então. Lucas Lima, com o quinto tempo geral na primeira fase (11s07), completou o trio brasileiro na disputa por medalhas.
Petrúcio Ferreira cruza a linha de chegada cravando novo recorde paralímpico dos 100m T47 — Foto: Wander Roberto /CPB @wander_imagem
Petrúcio Ferreira não larga bem, mas arranca no fim para sagrar-se bicampeão paralímpico dos 100m — Foto: Wander Roberto /CPB @wander_imagem
Na final, Washington largou na frente e liderou o primeiro terço do percurso, mas viu Petrúcio fazer uma grande prova de recuperação e assumir a liderança na reta final. O recorde mundial, que pertence ao paraibano, não foi quebrado, mas mesmo assim ele comemorou muito a quebra do recorde paralímpico. Teve dancinha e muita emoção.
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