Análise: Atlético-MG mantém solidez defensiva, mas cria pouco; agora decide em casa, com torcida

Galo tem atuação segura contra o Palmeiras, desperdiça pênalti e leva empate para o jogo de volta no Mineirão para definir quem avança à final da Libertadores

Se alguém esteve perto da vitória no jogo de ida das semifinais da Libertadores, em São Paulo, foi o Atlético-MG. As chances foram raras, e alvinegras. Uma delas de ouro. Um pênalti desperdiçado por Hulk. No final, um empate sem gols com o Palmeiras.

Felipe Melo, Hulk e Dudu Palmeiras x Atlético-MG — Foto: Staff Images/Conmebol

Felipe Melo, Hulk e Dudu Palmeiras x Atlético-MG — Foto: Staff Images/Conmebol

A partida no Allianz Parque foi amarrada. O Palmeiras, mesmo em casa, optou por jogar retrancado. O primeiro objetivo era não levar gol. E parou o Atlético, em noite pouco inspirada do ataque. Ainda assim, foi o Galo que ameaçou, com mais posse, mais presença ofensiva, superior nas estatísticas.

Zaracho, amarelado ainda no primeiro tempo, não teve a flutuação produtiva de outras jornadas. Nacho Fernández também foi abaixo. Hulk, como sempre, não se escondeu do jogo, porém errou muito. Diego Costa sofreu a penalidade desperdiçada por Hulk, mas acabou saindo lesionado na etapa final e agora virou preocupação no Atlético.

Faltou efetividade para o gol. Sobrou segurança. Jogo após jogo, o Atlético ratifica a força defensiva. Na Libertadores, foi o sétimo confronto seguido que a equipe saiu de campo sem ter a rede balançada. A solidez nesse quesito é um dos alicerces do trabalho do técnico Cuca. O Palmeiras se fechou. Apostou no contra-ataque e foi neutralizado.

Cuca; Palmeiras x Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Cuca; Palmeiras x Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Se o Palmeiras tem o benefício da igualdade com gols, o Atlético também tem suas vantagens. Vai atuar no Mineirão e terá o apoio da torcida (30% da capacidade liberada, com ingressos esgotados). Uma atmosfera positiva para empurrar o time. Um incentivo a mais.

A equipe é superior, com mais alternativas, recursos. A estratégia conservadora do Palmeiras, jogando em casa, mostrou isso. O Galo tem uma defesa consistente, tem atacantes decisivos (fica a expectativa por Diego Costa e Savarino, que também está em tratamento). Agora é colocar as fichas em campo no Mineirão.

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