CPI: Prevent Senior inventou o “personal da morte”

Nome técnico que o plano de saúde dava para o cargo era “paliatista”, mas o foco era impedir um tratamento mais caro para quem ainda tinha chances de se recuperar.

Senador baiano Otto Alencar — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Senador baiano Otto Alencar — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Otto Alencar (PSD-BA) passou as últimas semanas ouvindo médicos que trabalharam na Prevent Senior durante a pandemia e reuniu provas de que o plano da saúde criou a figura do “personal da morte”.

O nome técnico que a Prevent dava para o cargo era “paliatista”, mas nada tinha a ver com a definição de cuidados paliativos da Organização Mundial da Saúde.

Segundo Otto Alencar, o “‘personal da morte’ tinha objetivo de evitar que pacientes em condições de recuperar a saúde fosse cuidado em UTI, usando para este fim sedativos fortes e bombas de morfina. Não existe esse tratamento. Essa especialidade da Prevent é nova conduta para morte”.

Em resumo: o foco não era a qualidade de vida de um doente desenganado, mas impedir um tratamento mais caro para quem ainda tinha chances de se recuperar.

Como o assunto vai pegar fogo hoje na CPI, o blog traz a definição de cuidados paliativos da OMS:

“Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

MP investiga Prevent Senior por uso de remédio para câncer em pacientes com Covid sem autorização

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