PF suspeita de que tráfico investiu R$ 1,7 milhão na GAS, empresa de Glaidson. Valor mínimo aplicado pela milícia chegou a R$ 2 milhões.
Glaidson Santos e Mirelis Zerpa, investigados pela PF por sonegação fiscal e fraude ao sistema financeiro — Foto: Reprodução
O esquema de investimento irregular em criptomoedas chefiado por Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos bitcoins, é suspeito de receber dinheiro de traficantes de drogas e milicianos.
A informação consta da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) aceita pelo juiz Vitor Valpuesta, 3ª Vara Federal Criminal do Rio.
Glaidson e mais 16 pessoas se tornaram réus sob acusação de fraude ao sistema financeiro nacional, gestão temerária e organização criminosa.
De acordo com o MPF, esses investimentos do crime aconteceriam via empresa G.A.S Consultoria e Tecnologia, de Glaidson.
“Identificadas informações concretas a respeito da utilização do grupo GAS para a injeção de recursos oriundos de crimes graves como tráfico de drogas e constituição e funcionamento de milícias privadas”, consta no documento.
A Polícia Federal descobriu, durante as investigações, que dois moradores da comunidade do Lixo, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, fizeram depósitos em dinheiro na conta bancária da G.A.S. que totalizaram R$ 1,7 milhão.
Os dois depósitos aconteceram em 30 de junho passado. Um deles no valor de R$ 900 mil e outro de R$ 800 mil, ambos de moradores da comunidade.
Os dois homens na possuem emprego ou qualquer ocupação que justifique o depósito dessa quantia em dinheiro.
Sobre milicianos, a PF já sabe que os investimentos desses grupos na GAS chegou a R$ 2 milhões.
Em setembro, uma operação da Polícia Civil do RJ encontrou contratos da GAS na casa de um homem apontado como operador da milícia que atua em Rio das Pedras é Muzema, na Zona Oeste do Rio.
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