Biden anuncia medidas para combater a ômicron nos EUA

Nova variante já é a versão dominante do coronavírus no país e foi responsável por 73% dos novos casos de Covid na semana passada. Medidas incluem a compra de 500 milhões de testes rápidos.

O presidente dos EUA, Joe Biden, caminha até o Salão Oval da Casa Branca, em Washington, em 20 de dezembro de 2021, após descer do Marine One — Foto: Patrick Semansky/AP

O presidente dos EUA, Joe Biden, caminha até o Salão Oval da Casa Branca, em Washington, em 20 de dezembro de 2021, após descer do Marine One — Foto: Patrick Semansky/AP

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (21) novas medidas que o presidente dos Estados UnidosJoe Biden, vai adotar para combater a variante ômicron do novo coronavírus no país.

As medidas incluem a compra de meio bilhão de testes rápidos, apoio de militares e envio de equipes para os estados de Arizona, Indiana, Michigan, New Hampshire, Vermont e Wisconsin, além da ampliação de locais de vacinação contra a Covid-19 (veja mais abaixo).

Os 500 milhões de testes rápidos serão enviados gratuitamente para as casas dos americanos que os solicitarem, por meio de um site, a partir de janeiro.

Em menos de um mês, a ômicron já se tornou a variante dominante nos EUA, responsável por 73% dos novos casos de Covid-19 do país (veja no vídeo abaixo)Na semana anterior, eram apenas 2,9% dos infectados.

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73% dos novos casos de covid nos EUA já são pela variante ômicron
 

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O plano de Biden tem 3 eixos principais: aumentar o apoio federal a hospitais, ampliar o acesso dos americanos a testes grátis e expandir o número de centros de vacinação contra a Covid-19.

 

O governo dos EUA diz que já enviou ventiladores para estados como Indiana, Maine, Michigan e New Hampshire e quadruplicou o número de locais de testagem gratuita em todo o país (e anunciou que mais centros serão construídos).

O presidente americano fará um pronunciamento à nação nesta terça sobre as medidas, que incluem o envio de equipamentos a hospitais — como roupas de proteção e respiradores — e a ampliação também dos locais de imunização.

A Casa Branca diz no comunicado que as vacinas “são as ferramentas mais poderosas que temos — elas funcionam para proteger as pessoas de doenças graves e da morte, e as doses de reforço fornecem proteção ideal às pessoas”.

“Embora os casos entre indivíduos vacinados provavelmente aumentem devido à ômicron, mais transmissível, as evidências até o momento são de que seus casos provavelmente serão leves”, ressalta o governo americano. “Por outro lado, indivíduos não vacinados têm alto risco de contrair a Covid-19, adoecer gravemente e até morrer”.

A Casa Branca diz que, graças às medidas já adotadas desde que Biden assumiu o cargo, em janeiro, 73% dos adultos americanos já estão completamente imunizados e o país está aplicando uma média de 1 milhão de doses de reforço por dia.

Covid-19 nos EUA

Pessoas aguardam em fila para realizar teste de Covid na Times Square, em Nova York, no domingo (19) — Foto: Andrew Kelly/Reuters

Pessoas aguardam em fila para realizar teste de Covid na Times Square, em Nova York, no domingo (19) — Foto: Andrew Kelly/Reuters

Biden tem enfrentado dificuldades (e críticas) no combate à pandemia nos EUA, um país em que a vacinação e o uso de máscaras viraram alvo de disputas políticas e ordens do governo federal são contestadas e terminam em longas batalhas judiciais.

Os EUA têm registrado uma média de 140 mil novos infectados e 1,2 mil novos óbitos por dia, altas expressivas de 62% e 29% desde 1º de dezembroquando o primeiro caso de ômicron foi registrado no país.

Devido à alta no número de casos, a NHL (liga de hóquei no gelo) parou a temporada e suspendeu todos os jogos por pelo menos uma semana.

Os EUA também seguem como o país mais afetado do mundo, com mais de 51 milhões de infectados e 807 mil mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.

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