Há pouco mais de um ano no mundo – e um pouco menos de um ano no Brasil – as primeiras doses das vacinas contra a Covid-19 eram aplicadas. O fantasma da pandemia ainda existe e não se sabe se um dia ele irá sumir, mas, o que já é possível afirmar sobre a imunização contra coronavírus? Onde a ciência evoluiu e aonde ela chegou?
Um ano depois…
…quais países ficaram à margem da corrida da vacinação e quais conseguiram alcançar as maiores taxas?
A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, afirma já existem vencedores da tal “corrida da vacina”:
“Está claro que quem ganhou que foram os países que investiram em ciência e tecnologia. As vacinas vieram da Europa e dos Estados Unidos”. A especialista avalia que “vivemos um grande problema mundial”, mas que não é tratado como tal.
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Foto mostra seringas com rótulos laranja para aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos em Chicago,
“O que a gente vê é que a população nos países mais pobres não está vacinada nem com a primeira dose. Isso é resultado da incapacidade e falta de liderança mundial de lidar com esse problema de maneira unida”.
Etiópia, Tanzânia e Nigéria vacinaram apenas menos 2% de sua população com o esquema completo – com uma dose, menos de 10%. Ou seja: mais de 90% das pessoas não estão nem parcialmente protegidas.
Cientistas entrevistados pelo g1 avaliam que a disseminação do coronavírus em países por falta de acesso aos imunizantes, excluídos socialmente do planeta, continuará a gerar novas variantes. O caso mais recente, da ômicron, foi detectado na África do Sul, país com 25% dos cidadãos imunizados.
População vacina contra a Covid-19 (em %) — Foto: Arte/G1
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