Crianças serão vacinadas? Quantas doses teremos disponíveis? Todo mundo tomará a dose de reforço? O g1 responde 10 dúvidas sobre a vacinação no próximo ano.
Como será a vacinação contra a Covid-19 em 2022? — Foto: Carla Cleto/Ascom Sesau
Como será a vacinação contra a Covid-19 em 2022? Quais vacinas serão utilizadas? Teremos dose de reforço? O g1 reuniu algumas perguntas sobre a campanha contra o coronavírus no próximo ano:
- Quais vacinas serão utilizadas em 2022 no Brasil?
- Quantas doses teremos em 2022?
- Já sabemos como será a vacinação em 2022?
- Quem pode tomar a dose de reforço?
- O que é a dose de reforço?
- As vacinas são efetivas contra a variante ômicron?
- A vacinação será anual?
- Crianças menores de 12 anos serão vacinadas em 2022?
- Misturar vacinas é seguro?
- Existe uma % para definir a imunidade de rebanho?
Quais vacinas serão utilizadas em 2022 no Brasil?
Por enquanto, Pfizer e AstraZeneca. O Ministério da Saúde optou por imunizantes que já têm registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que já foram incorporados ao SUS pela Conitec. Com essa decisão, a pasta exclui CoronaVac e Janssen, que têm o registro de uso emergencial.
Quantas doses teremos em 2022?
O Ministério da Saúde informou que a campanha de vacinação contará com 354 milhões de doses:
- 134 milhões adquiridas em 2021
- 120 milhões de doses da AstraZeneca
- 100 milhões de doses da Pfizer
Já sabemos como será a vacinação em 2022?
Em nota, o Ministério da Saúde disse que a campanha 2022 seguirá com a cobertura das doses do ciclo primário de vacinação e “irá avançar na aplicação das doses de reforço em todos os brasileiros com mais de 18 anos”.
Em outubro, Marcelo Queiroga deu alguns detalhes sobre a vacinação no próximo ano:
- Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;
- Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos;
- Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de risco;
- Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou dose de reforço;
- Duas doses para novos públicos (crianças de 5 a 11 anos);
- Vacinação heteróloga: cada vacinado recebe imunizante diferente do aplicado no ano anterior.
AstraZeneca afirma que dose de reforço é eficaz contra ômicron
Quem pode tomar a dose de reforço?
Qualquer pessoa com mais de 18 anos pode tomar a dose de reforço das vacinas contra a Covid-19.
Quem tomou CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca pode tomar a dose de reforço quatro meses após ter completado o esquema vacinal, ou seja, ter tomado as duas doses. Já quem tomou a vacina da Janssen pode tomar a dose adicional de dois a seis meses após a dose única.
O que é a dose de reforço?
O objetivo da dose de reforço é manter imunidade adquirida. “O reforço vacinal é feito para quem já tomou as duas doses da vacina e teve o efeito imunológico esperado. O reforço funciona como uma manutenção. No caso da Influenza, por exemplo, quando a gente aplica o reforço todos os anos, a gente desenvolve anticorpos contra as cepas novas e antigas”, explica o pesquisador titular e diretor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em São Paulo, Rodrigo Stabeli.
As vacinas são efetivas contra a variante ômicron?
Fabricantes continuam testando suas vacinas contra a nova variante ômicron. Em nota divulgada no dia 8 de dezembro, a Pfizer e a BioNTech informaram que estudos preliminares demonstram que 3 doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizam a variante ômicron.
No dia 7 de dezembro, a Sinovac, laboratório chinês que desenvolveu a CoronaVac, anunciou que está desenvolvendo uma versão da CoronaVac adaptada à variante ômicron.
A Universidade de Oxford disse em novembro que não há evidências de que as vacinas contra o coronavírus não prevenirão doenças graves da variante ômicron, mas acrescentou que está pronta para desenvolver rapidamente uma versão atualizada de sua vacina produzida com a AstraZeneca, caso necessário.
A Janssen – braço farmacêutico do grupo Johnson&Johnson – disse que está avaliando a eficácia do seu imunizante contra a ômicron ao mesmo tempo em que desenvolve uma vacina específica para a variante.
A vacinação será anual?
Ainda não se sabe. Segundo Mariângela Simão, vice-diretora geral de medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a entidade tem um grupo que estuda essa possibilidade.
“O grupo estuda a necessidade de se fazer a vacina de reforço, em quais grupos e qual vai ser o comportamento de médio e longo prazo do vírus. Ainda temos uma quantidade de população suficientemente não imunizada para que o vírus continue mutando e levando a novas variantes. Esse é o empurrão para que façamos um esforço coletivo para aumentar a cobertura vacinal no mundo todo e aprimorar a vacina e, eventualmente, fazer recomendações para grupos específicos de vacinação anual”, explica.
Para o infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a vacinação no futuro vai depender do momento da pandemia.
“No período pós-pandêmico, não há sentido em ficar vacinando toda a população. Teremos, provavelmente, uma vacinação de grupos vulneráveis, algo semelhante com o que a gente faz na gripe. Até lá [o período pós-pandêmico], precisaremos manter altas taxas de proteção. Revacinar quem perdeu proteção, ampliar o número de vacinados, vacinar crianças”, explica Kfouri.
Em entrevista ao g1, o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, disse que a agência segue acompanhando dados sobre a vacinação, mas ainda não existe resposta para revacinação.
“O que vai trazer essa resposta para a gente é esse acompanhamento da capacidade neutralizante, dos anticorpos neutralizantes, e do número de casos que vão surgindo na população ao longo do tem
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