Mundo atinge maior média diária de mortes por Covid em 4 meses

Em meio à proliferação da ômicron pelo planeta, média de novos casos bateu recorde pelo 7º dia seguido. Brasil voltou a ser um dos países com mais infectados e óbitos do mundo. 

Novas sepulturas abertas em cemitério em Antoninow, na Polônia, em 11 de janeiro de 2022, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) — Foto: Kacper Pempel/Reuters

Novas sepulturas abertas em cemitério em Antoninow, na Polônia, em 11 de janeiro de 2022, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) — Foto: Kacper Pempel/Reuters

 

Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírusa média diária de mortes por Covid-19 no mundo atingiu o maior patamar em 4 meses, apontam dados do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford.

Os dados mostram também que a média móvel de novos casos bateu recorde pelo 7º dia seguido e passou de 3,4 milhões de infectados por dia nos últimos sete dias.

O mundo registrou uma média diária de 8.209 mortes na segunda-feira (24), o maior patamar desde 24 de setembro de 2021 (quando a média móvel estava em 8.358 — e em trajetória de queda).

 

Apesar da alta nos óbitos, o atual patamar está muito abaixo do recorde da pandemia, registrado há praticamente um ano (14,7 mil em 26 de janeiro de 2021).

E, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o número de vítimas da pandemia não tem crescido na mesma proporção da explosão no número de infectados (veja nos gráficos abaixo).

Mundo atinge maior média diária de mortes por Covid em 4 meses — Foto: Vitoria Romero/g1

Mundo atinge maior média diária de mortes por Covid em 4 meses — Foto: Vitoria Romero/g1

Ondas causadas pelas variantes

O número de novos casos explodiu com a variante ômicron, que é mais transmissível, e o atual recorde (média de 3,4 milhões infectados por dia) é mais de 300% maior do que o pico da onda anterior.

Em 25 de abril de 2021, impulsionado pelas variantes delta na Índia gama no Brasil, o mundo registrou uma média de 827 mil novos casos por dia.

Quatro dias depois, no dia 29, a média de mortes chegou a um pico de 13,9 mil, patamar próximo ao do recorde mundial que perdura até hoje (14,7 mil em 26 de janeiro do mesmo ano).

Na ocasião, a vacinação contra a Covid-19 ainda engatinhava no mundo e os Estados Unidos e a Europa sofriam com a variante beta no auge do inverno no hemisfério norte.

Equipes médicas atendem pacientes com Covid no King's College Hospital, em Londres, em janeiro de 2022 — Foto: Victoria Jones/PA via AP

Equipes médicas atendem pacientes com Covid no King’s College Hospital, em Londres, em janeiro de 2022 — Foto: Victoria Jones/PA via AP

Covid-19 no Brasil

Com a explosão no número de infectados e a alta no número de óbitos nas últimas semanas, Brasil voltou a ser um dos países com mais casos e mortes por Covid-19 do mundo (veja o ranking abaixo).

 

A média móvel de novos casos também bateu recorde pelo 7º dia seguido e passou de 150 mil — a maior já registrada —, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

A média de óbitos também está em trajetória de alta e voltou a ficar acima de 300, o maior patamar desde 31 de outubro.

Média móvel de casos conhecidos — Foto: g1

Média móvel de casos conhecidos — Foto: g1

Os 10 países com as maiores médias de mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias são:

  1. Estados Unidos: 2.188 mortes
  2. Rússia: 669
  3. Índia: 529
  4. Itália: 355
  5. Brasil308
  6. Reino Unido: 264
  7. México: 262
  8. França: 251
  9. Polônia: 220
  10. Colômbia: 192

Os 10 países com as maiores médias de novos casos confirmados nos últimos 7 dias são:

 
  1. Estados Unidos: 731 mil
  2. França: 361 mil
  3. Índia: 311 mil
  4. Itália: 173 mil
  5. Brasil: 150 mil
  6. Espanha: 122 mil
  7. Alemanha: 115 mil
  8. Argentina: 106 mil
  9. Reino Unido: 92 mil
  10. Israel: 90 mil

Os dados foram compilados nesta terça-feira (25) pelo “Our World in Data”.

Hospital Universitário de Brasília (DF) recebeu em janeiro pacientes com Covid-19 de Manaus (AM) — Foto: Divulgação/HUB

Hospital Universitário de Brasília (DF) recebeu em janeiro pacientes com Covid-19 de Manaus (AM) — Foto: Divulgação/HUB

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