Jornalista Augusto Fonseca, escolhido para comandar a campanha de Lula, tem no currículo trabalhos em uma série de campanhas de diferentes partidos e candidatos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2021 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O jornalista Augusto Fonseca, escolhido para comandar a equipe de marketing da campanha do ex-presidente Lula, rejeita o rótulo de “supermarqueteiro”, como aconteceu nas campanhas petistas que tiveram como marqueteiros Duda Mendonça e João Santana.
A quem pergunta sobre qual estilo pretende imprimir na campanha, Fonseca repete que é “low profile” e que nunca foi sua intenção ter o rótulo de “supermarqueteiro”. Pelo contrário: avalia, segundo o blog apurou, que esse título sempre vem acompanhado de uma carga negativa e que, por isso, prefere manter a discrição.
O perfil de Fonseca foi escolhido, entre outras características, também por esse estilo. Um aliado de Lula disse ao blog que o ex-presidente não quer mais um marqueteiro que se defina como “mago” ou que venha com uma “fórmula mágica”, que “mandam na campanha”. “Quem manda é o candidato”, diz esse interlocutor do ex-presidente.
Fonseca tem no currículo trabalhos em uma série de campanhas de diferentes partidos e candidatos. Trabalhou na de Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e, em 2002, com o comando de Duda, participou da campanha vitoriosa de Lula.
Em 2014, trabalhou com Aécio Neves e, em 2016, na campanha vitoriosa de Alexandre Kalil.
Com petistas, além de 2002, fez a campanha vitoriosa de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo em 2000 e também trabalhou na de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo em 2010 – aqui, o candidato do PT perdeu em primeiro turno para o então adversário tucano Geraldo Alckmin que, hoje, deve ser vice de Lula na chapa presidencial.
Quando é perguntado, nos bastidores, sobre sua estratégia para 2022, Fonseca brinca que falar sobre isso é como um general contar para o inimigo como vai liderar sua tropa para derrotá-lo.
Fonseca, que até quarta-feira (2) não tinha assinado contrato com a campanha, vai ficar responsável pela produção da campanha em TV e rádio.
A parte das redes sociais ainda pode ter um outro estrategista. As definições desses postos-chave serão feitas pelo coordenador da Comunicação da campanha, o ex-ministro Franklin Martins, pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann e, claro, o martelo será batido por Lula.
Faça um comentário