Presidente viajou em meio à tensão pela movimentação de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Governo diz que viagem é para tratar de relações comerciais.
O presidente Jair Bolsonaro desembarcou nesta terça-feira (15) por volta de 10h (horário de Brasília, 16h no horário local) em Moscou. O presidente tem previstos para esta quarta (16) um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin e uma reunião com empresários.
Bolsonaro desceu do avião usando uma máscara para prevenção contra a Covid, medida que ele não tem adotado em eventos no Brasil.
O presidente brasileiro viajou para a Rússia em um momento em que o país europeu protagoniza uma crise diplomática internacional que tem mobilizado as principais potências do mundo.
Nas últimas semanas, Putin ordenou a movimentação de centenas de milhares de tropas em regiões de fronteira com a Ucrânia. A movimentação foi vista pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como uma tentativa russa de invadir o território ucraniano.
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O presidente Jair Bolsonaro desembarcou no fim da tarde desta terça-feira (horário local) em Moscou — Foto: Reprodução/TV Brasil
Rússia começa a retirar algumas tropas na fronteira com a Ucrânia
A Rússia argumenta que o leste europeu é área de influência do país e quer barrar a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos Estados Unidos.
Nos últimos dias, Biden também ordenou a ida de tropas norte-americanas para países aliados próximos da Ucrânia.
Viagem ‘inoportuna’
Para especialistas em relações internacionais, a ida de Bolsonaro à Rússia neste momento é inoportuna. Eles entendem que o movimento pode desgastar o Brasil com parceiros históricos e tradicionais, como os Estados Unidos e a União Europeia.
Mas o governo brasileiro tem feito um esforço para ressaltar que a viagem não tem relação com a crise na Ucrânia. Para o governo, a ideia da viagem é focar na relação comercial entre Brasil e Rússia e no aprimoramento das trocas entre os dois países.
O entendimento é que as parcerias comerciais entre Brasil e Rússia ainda estão longe do ideal, principalmente considerando que são dois países que fazem parte do grupo Brics, junto com China, Índia e África do Sul.
Cronograma
Veja a previsão para a viagem de Bolsonaro à Rússia:
15 de fevereiro
- Chegada a Moscou
16 de fevereiro
- Deposição de flores no túmulo do soldado desconhecido
- Encontro com Putin, no Kremlin
- Almoço com Putin, no Kremlin
- Encontro com o presidente da Duma de Estado
- Encontro com empresários
17 de fevereiro
- Partida para a Hungria
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