Encontro protocolar entre representantes dos clubes é confirmado para as 13h (de Brasília) no estádio Nacional. Entidade avalia portões fechados para evitar adiamento
O Flamengo segue normalmente sua programação da terça-feira para a estreia na Libertadores, diante do Sporting Cristal, à espera de uma posição da Conmebol sobre o toque de recolher decretado pelo Governo do Peru. Até o momento, a entidade que comanda o futebol no continente não se nenhum tipo de movimento e confirmou a realização da reunião técnica da partida para as 13h (de Brasília), no estádio Nacional.
Estádio Nacional de Lima antes de Peru x Chile — Foto: REUTERS/Daniel Apuy
O encontro é padrão nos dias de jogos para discussão de protocolos burocráticos, desde apresentação de uniformes para a aprovação até informações básicas de logística. Apesar do impasse por conta dos intensos protestos contra a alta dos preços dos combustíveis e fertilizantes que vêm causando transtornos no país e do pronunciamento do presidente Pedro Castillo, a Conmebol segue sem posicionamento no sentido de adiamento do jogo em contato com os clubes.
Informações de bastidores dão conta da busca por alternativas que passam pela realização do jogo com portões fechados ou até mesmo transferência para uma outra cidade, visto que as medidas restritivas até o momento atingem somente a capital Lima. Há uma preocupação com a dificuldade de realocar a partida no calendário, visto que o estádio Nacional está ocupado pelo duelo entre Alianza x River Plate, na quarta-feira, e o Flamengo não tem condição de entrar em campo na quinta por conta da estreia no Brasileirão, sábado, diante do Atlético-GO.
No início da terça-feira, o ministro da Justiça peruano afirmou que a partida marcada para o Estádio Nacional terá de ser adiada.
– Vai ter que ser remarcada. Não esqueçamos que em medidas excepcionais existem ações extraordinárias que devem ser adotadas. Um jogo de futebol não pode ter precedência sobre a tranquilidade do país – reproduziu a rádio “Exitosa Noticias”.
De acordo com a imprensa peruana, o decreto publicado no diário oficial El Peruano, determina que durante a chamada “imobilização” somente poderão seguir prestando serviços profissionais das áreas de saúde, distribuição de água, saneamento, eletricidade, gás, combustível, telecomunicações e atividades correlatas, limpeza e coleta de resíduos sólidos, serviços funerários, transporte de cargas e mercadorias.
– O Conselho de Ministros aprovou a declaração de imobilidade cidadã (toque de recolher) das 2 da manhã (pelo horário local) às 11h59 da noite de terça-feira, 5 de abril, para proteger os direitos fundamentais de todas as pessoas, o que não impedirá a prestação de serviços essenciais para todos os peruanos – disse o presidente Pedro Castillo no pronunciamento.
Membros da delegação rubro-negra em Lima informam que há circulação de carros pelas ruas da cidade desde o início da manhã, mas que a polícia tem feito intervenções para fazer valer o toque de recolher.
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