Redução tributária ainda está longe de compensar a disparada de preços de muitos produtos nos últimos meses.
A imposição de um limite para as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS) sobre itens considerados essenciais surtiu efeito sobre a inflação de julho: gasolina, etanol e energia elétrica ficaram entre os itens que mais tiveram redução de preço na prévia do mês, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-1%).
Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram, no entanto, que a redução tributária ainda está longe de compensar a disparada de preços de muitos desses produtos nos últimos meses. Isso porque, em 12 meses, vários itens ainda apresentam forte alta – acima da inflação acumulada no período, de 11,39%.
A gasolina, por exemplo, ficou 5,01% mais barata na prévia de julho, mas ainda acumula alta de mais de 20% em 12 meses. Já o gás de botijão, que também pesa muito sobre o orçamento das famílias de menor renda, acumula alta de 23,79% em 12 meses – apesar do recuo de 0,52% em julho.
É importante notar que os efeitos da limitação do ICMS sobre os preços podem ainda não ter sido sentidos em sua totalidade, já que a lei passou a valer já em meio ao período de coleta dos dados do IPCA-15.
Veja abaixo as variações de alguns itens que tiveram o ICMS limitado pela lei sancionada no mês passado, na prévia de julho e na prévia em 12 meses até julho:
Veja também os itens que mais caíram na prévia de julho, na comparação com o mês anterior:
E os que mais subiram no acumulado em 12 meses:
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