Técnicos do TSE dizem ser inviável auditar urna com biometria no dia da eleição, como quer Defesa

TSE - Tribunal Superior Eleitoral Urna eletrônica

Medida é parte de série de sugestões feitas pelo ministério ao TSE. Técnicos apontaram, por exemplo, dificuldade para convencer eleitor a aguardar resultado do teste.

Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizeram, a pedido da presidência do tribunal, uma simulação do teste de integridade das urnas com biometria. O teste foi feito em uma sala do tribunal na semana passada e apresentado ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

Ministério da Defesa fez uma série de pedidos ao TSE sobre as urnas, alguns já estavam sendo incorporados e outros, como esse da biometria, são vistos pelos técnicos como “inviáveis”.

Presidente do TSE, Moraes tem reunião com ministro da Defesa
Presidente do TSE, Moraes tem reunião com ministro da Defesa

Técnicos dizem que, na prática, isso é impossível em várias frentes: seria inviável convencer eleitores a voltar após terem votado para ir para o teste de integridade e aguardar a conclusão. Além disso, é impossível também levar a empresa de controle externo para esse tipo de teste no país inteiro.

Eles também dizem que isso criaria um clima de desconfiança no eleitor: “imagine explicar isso a um idoso ou a um eleitor que não entende sobre biometria? Iria gerar desconfiança e dificuldade ao mesmo tempo”, diz um dos técnicos.

O presidente do TSE se reuniu na terça-feira (23) com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e seguem as negociações e diálogos sobre os pedidos da pasta. A decisão caberá a Moraes sobre se atenderá algum pedido.

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