7 de Setembro: Pacheco diz que não se pode aproveitar desfile cívico para fazer política partidária

Presidente do Senado disse que não compareceu ao evento em Brasília por não ter clareza se desfile em celebração aos 200 anos da Independência e ato eleitoral de Bolsonaro se misturariam.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante entrevista a jornalistas — Foto: Reprodução/Youtube

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante entrevista a jornalistas — Foto: Reprodução/Youtube

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (8) que não compareceu ao desfile de 7 de Setembro nesta quarta-feira porque não “havia clareza”, da parte dele, se atos cívico e eleitoral se “misturariam” na Esplanada dos Ministérios. Ele acrescentou que não se pode “aproveitar” uma comemoração cívica para se fazer “política partidária”.

Pacheco deu a declaração ao ser questionado sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro em atos na quarta-feira sobre os 200 anos da Independência. Em Brasília, pela manhã, e, no Rio de Janeiro, à tarde, os festejos cívicos e militares foram misturados com ações de campanha do presidente, candidato do PL à reeleição.

“Considero que há dois momentos do 7 de Setembro de ontem: o desfile cívico, que é a solenidade em que se celebra o Bicentenário da Independência. E, depois, os desdobramentos que têm um cunho político-eleitoral em torno do presidente da República. Como não havia uma clareza, de minha parte, o que era um momento e o que era outro, se eles se misturariam, a minha preferência foi não participar do evento”, afirmou Pacheco.

“O que não pode, de fato, é confundir uma coisa com a outra. Uma coisa é a condição do chefe do Executivo no desfile cívico. Outra coisa é o desdobramento já como candidato a presidente. Respeito ambas as situações desde que sejam independentes. O que não se pode é aproveitar o desfile cívico e a comemoração cívica para a política partidária”, completou o presidente do Senado.

Bolsonaro usa eventos comemorativos dos 200 anos da Independência para fazer propaganda eleitoral

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Nesta quinta-feira, Rodrigo Pacheco conduziu uma sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao Bicentenário da Independência. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, compareceram. O único chefe de Poder que se ausentou foi Jair Bolsonaro.

Com a sessão já em andamento, Jair Bolsonaro estava no Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência – com apoiadores. A presença dele era aguardada no Congresso. O presidente não justificou por qual motivo não compareceu.

“Até o início da sessão, havia confirmação do presidente Jair Bolsonaro, da presença na sessão solene”, disse o presidente do Senado. “Sessão muito importante para vida do país, a celebração do Bicentenário da Independência, onde participaram os presidentes da Câmara e do Senado, presidente do STF, o presidente de Portugal e outros chefes de estado. Então, naturalmente que o nosso desejo, quando encaminhamos o convite ao presidente Bolsonaro, é que ele pudesse estar presente”, completou.

Rodrigo Pacheco lamentou o não comparecimento, mas não quis fazer uma avaliação sobre a ausência porque disse desconhecer os motivos do presidente.

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