É o maior percentual desde 1989, quando começou a série histórica. Pesquisa entrevistou 2.912 pessoas entre os dias 17 e 19 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Ato em defesa da democracia em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1
Dados da pesquisa Datafolha mais recente divulgados nesta quinta-feira (20) apontam que 79% dos brasileiros avaliam que a democracia é a melhor forma de governo. O atual apoio à democracia é o maior da série histórica, iniciada em 1989.
Para 11% dos entrevistados, tanto faz democracia ou ditadura. E, para 5%, em certas circunstâncias uma ditadura é melhor que um regime democrático. Uma parcela de 5% não opinou.
As taxas de apoiadores à ditadura e de indiferentes também são as mais baixas da série histórica. O maior valor de apoio à democracia havia sido registrado anteriormente em agosto deste ano, quando bateu os mesmos 75% de junho de 2020.
Em comparação a outubro de 2018, o apoio à democracia cresceu dez pontos percentuais (era 69%), enquanto a taxa de apoiadores à ditadura caiu sete pontos percentuais (era 12%).
Entre os eleitores de Lula, 78% apoiam a democracia, 13% são indiferentes e 3% dizem apoiar a ditadura em certas circunstâncias. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 80% apoiam a democracia, 9% são indiferentes e 7% apoiam a ditadura em certas circunstâncias.
O levantamento também aponta que Lula tem 49% das intenções de voto no segundo turno, e Bolsonaro tem 45%.
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Apoio à democracia cresce com renda e escolaridade
O percentual dos que avaliam que a democracia é a melhor forma de governo cresce de acordo com a escolaridade e a renda do eleitor.
Consideram que a democracia é a melhor forma de governo por escolaridade:
- Fundamental: 62%
- Médio: 82%
- Superior: 92%
Consideram que a democracia é a melhor forma de governo, por renda:
- Até 2 salários mínimos: 72%
- Mais de 2 a 5 salários mínimos: 86%
- Mais de 5 a 10 salários mínimos: 89%
- Mais de 10 salários mínimos: 93%
O percentual dos que dizem apoiar a democracia é maior entre funcionários públicos (91%) e estudantes (91%). E menor entre os desempregados (69%) e trabalhadores sem carteira assinada (73%).
O Datafolha entrevistou 2.912 pessoas, em 181 municípios, entre os dias 17 e 19 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-07340/2022.
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