Alta de 0,41% na inflação oficial foi puxada principalmente pela gasolina; entre as 50 maiores altas, porém, 37 são do grupo Alimentação e bebidas.
Cebola foi o item que mais subiu em novembro — Foto: Mariana Gonçalves/g1
A cebola e o tomate foram os itens que mais subiram em novembro, de acordo com levantamento do g1 dentro dos subitens que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (9).
Dos 50 itens, 37 são do grupo Alimentação e Bebidas. Dentro dos 13 restantes está a gasolina, que tem grande peso no indicador e foi a maior influência individual na alta de 0,41% em novembro.
Já entre as maiores baixas estão a abobrinha e as passagens aéreas. O leite longa vida também é destaque entre as quedas.
Do total dos 50 subitens que mais caíram, 24 são do grupo Alimentação e Bebidas, número bem menor que os que estão no ranking das maiores altas. Dentro dos 26 restantes, além da passagem aérea, estão subitens como computador, colchão e transporte por aplicativo.
Acumulado de 12 meses
No acumulado de 12 meses até novembro, a cebola e o limão foram os destaques de alta. A passagem aérea também aparece na lista. Dos 50 itens, 37 são do grupo Alimentação e bebidas.
Entre os destaques das maiores quedas, o etanol, a gasolina e a energia elétrica residencial estão nos primeiros lugares na lista. Dos 50 subitens, 27 são do grupo Alimentação e bebidas.
Indicador segue acima da meta
Economista André Perfeito comenta inflação de 0,41% em novembro/22
O IPCA teve alta de 0,41% em novembro. Já a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e a menor taxa desde fevereiro de 2021 (5,20%). No ano, o IPCA chega a 5,13%.
O indicador ficou 0,18 ponto percentual abaixo do que foi registrado em outubro (0,59%). Em novembro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro.
Os grupos Transportes e Alimentação e bebidas foram os que impactaram de forma mais expressiva o índice do mês. Juntos, os dois contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro. De acordo com o IBGE, o maior impacto veio de combustíveis, que fazem parte do primeiro grupo, por causa da alta da gasolina.
Já a maior variação veio de Vestuário, ficando acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais ficou próximo da estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação a outubro (1,16%). Habitação, por sua vez, ficou acima do observado no mês anterior (0,34%).
Veja a variação por grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 0,53%
- Habitação: 0,51%
- Artigos de residência: -0,68%
- Vestuário: 1,10%
- Transportes: 0,83%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
- Despesas pessoais: 0,21%
- Educação: 0,02%
- Comunicação: -0,14%
A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado. A taxa de 5,90% no acumulado de 12 meses mostra que a previsão do BC está correta.
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