Na terça-feira, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo recuou 1,71%, a 103.540 pontos.
Ibovespa opera em queda — Foto: Freepik
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta quarta-feira (14), com a política econômica aumentando a cautela dos investidores, após a aprovação, na véspera , do texto-base de um projeto de lei que modifica a Lei das Estatais, flexibilizando a nomeação de políticos para presidência e diretorias de empresas públicas.
Às 15h, o Ibovespa caía 0,66%, aos 102.858 pontos. Veja mais cotações.
Perto do mesmo horário, as ações ordinárias da Petrobras e do Banco do Brasil recuavam 10,88% e 4,90%, respectivamente.
No dia anterior, o Ibovespa caiu 1,71%, a 103.540 pontos, o menor patamar desde o começo de agosto. Com o resultado, o índice acumula queda de 7,95% no mês e de 1,22% no ano. É a primeira vez desde 3 de agosto que a variação no ano fica negativada.
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O que está mexendo com os mercados?
A pauta política ainda é o que toma conta dos mercados neste pregão. Na terça, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os primeiros nomes de sua equipe: o economista e ex-banqueiro Gabriel Galípolo, que será o secretário-executivo (número 2 da pasta), e o economista Bernard Appy, que será secretário especial para lidar com a reforma tributária.
Após os anúncios, Haddad discursou para a imprensa e comentou sobre diversos assuntos, que ajudaram a trazer volatilidade para o mercado. O futuro ministro disse que a aprovação da PEC da Transição e do Orçamento de 2023 são fundamentais para que o novo governo possa definir pautas econômicas importantes.
Ainda no campo político, na noite desta terça a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base de um projeto de lei que modifica a Lei das Estatais, flexibilizando a nomeação de de políticos para presidência e diretorias de empresas públicas. Atualmente, é necessário um intervalo de 36 meses para que um político tenha uma nomeação e o projeto de lei prevê modificação do prazo para 30 dias.
A aprovação aumenta a percepção de risco fiscal e de possível ingerência política no comando dessas companhias, o que tem provocado uma queda acentuada na cotação de empresas estatais neste pregão, com destaque para a Petrobras e o Banco do Brasil.
No cenário externo, a quarta-feira conta com a divulgação das novas taxas de juros dos Estados Unidos, com expectativas do mercado de alta de meio ponto percentual – levando os juros a um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Ontem, o resultado da inflação ao consumidor de novembro no país norte-americano animou o mercado por indicar uma desaceleração da escalada dos preços. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% no último mês, contra projeções de alta de 0,3%.
No Reino Unido, hoje foi divulgado a inflação de novembro, também mostrando desaceleração. A inflação acumulada em 12 meses na região recuou de 11,1% em outubro para 10,7% em novembro. Amanhã é dia do Banco da Inglaterra mexer na sua política monetária, com previsão de alta nos juros.
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