‘Plano A, B e C é a aprovação da PEC’ da Transição, diz futuro chefe da Casa Civil

Rui Costa afirmou que decisão do ministro Gilmar Mendes não altera ideia do governo eleito sobre necessidade de proposta que abre espaço para pagamento do Bolsa Família.

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (19) que a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o teto de gastos não altera os planos do governo de aprovar a chamada PEC da Transição – que abre espaço para o pagamento do Bolsa Família e outras despesas.

Neste domingo (18), Gilmar Mendes decidiu que recursos para bancar a renda mínima para os cidadãos devem ficar fora do teto de gastos – regra fiscal que limita as despesas públicas.

“A turma está negociando. O plano A, B e C é a aprovação da PEC”, declarou Rui Costa no Centro Cultural Banco do Brasil, onde os ministros confirmados trabalham até o fim do ano.

Questionado por jornalistas se o STF não teria facilitado um eventual plano B para liberar gastos em 2023, Costa negou. Reiterou que a decisão fortalece o Plano A, que é a aprovação da PEC.

Ele disse ainda que o governo eleito não mede forças com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apenas dialoga com o deputado.

A decisão de Gilmar acontece em meio à tentativa do governo eleito de aprovar no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição que, entre outros pontos, eleva o teto de gastos para garantir o pagamento de R$ 600 mensais do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) mais R$ 150 por família com criança de até 6 anos de idade.

‘Negociação permanece’

Mais cedo, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, confirmado como ministro da Fazenda na gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 2023, também já tinha dito que não trabalha com um projeto alternativo para liberar as despesas.

“No que me diz respeito, a negociação permanece porque é importante para o país apostar na boa política, na negociação e na institucionalidade para a gente dar robustez para a politica econômica que vai ser anunciada e que vai aplacar os ânimos e mostrar que o Brasil vai estar no rumo certo a partir de 1º de janeiro”, declarou Haddad.

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