Corporação acessou a nuvem após obter autorização da operadora de telefonia. Como o ex-ministro não entregou aparelho, não é possível saber se ele apagou informações.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/B/E/tnCxiJTtqXjDb1VNcmvA/2023-01-11t100805z-1601388385-rc2jsu9493ai-rtrmadp-3-brazil-politics-security.jpg?ssl=1)
Anderson Torres em foto de 15 de junho de 2022, quando ainda era ministro da Justiça do governo Bolsonaro. — Foto: REUTERS/Adriano Machado/File Photo
Peritos da Polícia Federal conseguiram acessar os dados do celular de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), alvo das investigações sobre os ataques terroristas de bolsonaristas radicais de 8 de janeiro em Brasilia.
Ao ser preso, em 14 de janeiro, Torres não estava com o aparelho e, em depoimento, alegou que o tinha perdido.
A PF, então, obteve autorização da operadora de telefonia contratada pelo ex-ministro para acessar os dados disponíveis em nuvem.
De forma reservada, os agentes da PF afirmam que os dados foram armazenados na conta da família e não tinha nenhum dado relevante para o inquérito.
Os polícias disseram, entretanto, que, sem acesso ao aparelho, não é possível afirmar se Anderson Torres apagou os dados.
Além de dados sobre a atuação do ex-ministro durante os ataques terroristas, os investigadores buscam informações sobre a minuta do golpe, como ficou conhecido o esboço de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022, que deram vitória a Lula (PT).
Em depoimento, Torres disse que a minuta do golpe era um documento “descartável” e “sem viabilidade jurídica”.
Faça um comentário