Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, visitou presidente nesta segunda-feira. Lula foi diagnosticado com pneumonia e teve de cancelar viagem à China.
O ministro Alexandre Padilha atualiza estado de saúde do presidente Lula durante entrevista no Alvorada — Foto: Guilherme Mazui/g1
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) avaliou nesta segunda-feira (27) como “muito positiva” a recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de uma pneumonia.
Apesar da melhora no quadro de saúde, segundo o ministro, o presidente deve manter as agendas no Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência – até a próxima quarta-feira (29), por orientação médica.
O petista foi diagnosticado com pneumonia “leve” na semana passada. Em razão disso, precisou cancelar a viagem que faria à China, onde se reuniria com o presidente Xi Jinping, autoridades chinesas e empresários.
“O presidente continua muito bem da sua saúde, evolução muito positiva. Inclusive, a medicação desde o último sábado à noite já é medicação via oral”, disse Padilha.
O ministro, que também é médico, deu as declarações após visitar o presidente no Palácio da Alvorada. Segundo ele, a equipe de saúde da Presidência recomendou que Lula mantenha os compromissos na residência oficial.
“Deve manter as agendas de trabalho, tanto que hoje à tarde vai receber mais ministros, amanhã, quarta-feira. Pelo menos até quarta-feira deve manter todas as suas agendas aqui no próprio Palácio da Alvorada por recomendação médica. Mantém aqui porque melhora a reabilitação, também reduz a exposição”, declarou o ministro.
Segundo a colunista do g1 Ana Flor, o governo tenta remarcar a viagem de Lula para China para o mês que vem. Entretanto, em razão da complexidade da agenda, a visita pode ocorrer só em maio.
Lula foi diagnosticado com pneumonia na última quinta-feira, após visita ao Rio de Janeiro — Foto: LUIZ GOMES/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Arcabouço fiscal
Durante entrevista, Padilha foi questionado sobre o novo arcabouço fiscal, previsto para ser apresentado nas próximas semanas pelo Ministério da Fazenda.
Segundo o ministro das Relações Institucionais, não há uma data definida para o envio ao Congresso da regra fiscal que substituirá o teto de gastos.
A previsão inicial era de que a proposta fosse apresentada após a viagem de Lula à China.
Com o cancelamento da visita, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve focar na articulação do novo arcabouço. Lula e Haddad devem discutir o tema nesta semana, segundo Padilha.
“A expectativa de ambiente muito positivo [para a regra fiscal] no Congresso. Não tem uma data pré-definida [para a apresentação]. Vai se aproveitar a semana para aprofundar [as discussões]”, disse Padilha.
Questionado sobre o impasse entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre medidas provisórias enviadas pelo governo, Padilha afirmou que, para o Executivo, o rito das MPs não é importante, mas sim o conteúdo das propostas.
O Assunto
Ouça episódio do podcast O Assunto, em que é abordada a importância da relação entre Brasil e China.
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