O grande volume de chuvas e o maior aproveitamento dos ventos têm feito a produção de energia atingir níveis recordes no país.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a soma do que foi gerado pelas hidrelétricas, parques eólicos e placas fotovoltaicas ultrapassou no mês de março de 2023. Totalizando 90% de tudo o que foi produzido. Mais caras e poluentes, as termelétricas responderam por apenas 5% da matriz energética.
Energia limpa soma 90% do que foi produzido em março de 2023 — Foto: TV Globo
O resultado superou o que foi alcançado nos anos anteriores. É a maior produção de energia limpa (energias renováveis que não causam poluição pela emissão de substâncias) registrada no país neste século.
A combinação de chuvas fortes sobre os principais reservatórios do país e a expansão dos investimentos em energia eólica e solar explicam o resultado. O desaquecimento da economia também reduz a demanda por energia.
Desde a virada do século, o Brasil passou por quatro grandes crises hídricas que abalaram o abastecimento de energia e tornaram a conta de luz mais cara. Só que agora, a expansão das fontes eólica e solar podem reduzir a vulnerabilidade do país em tempos de estiagem.
Segundo o professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, a segurança energética deixou de ser um problema como já foi num passado não muito distante.
“Nós hoje temos uma matriz elétrica onde o mundo quer chegar em 2050. Então isso é uma vantagem muito grande para o Brasil e é uma vantagem competitiva”, diz Nivalde.
Professor Nivalde fala sobre a vantagem de ter uma boa produção de energia limpa — Foto: TV Globo
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